quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

És parte de mim!

É  grande a distância,
mas teu ser haverá de me acompanhar,
tua presença estará a cada momento,
pois que parte de mim tem algo de ti.

Vejo teus gestos, teu olhar me observa.
E meus olhos vivem a te acompanhar.
Finges não me ver, finjo não te olhar,
mas eis que estamos acolhidos no coração.

Necessário ter tua essência em meu ser,
essencial ter as vistas de tua razão,
pois me fazes falta,
tanto quanto anseias por mim.

Estar é o que basta, mas saudade não tem juízo,
quer sempre mais, quer contínua presença,
quer tua voz, mesmo que a falar superficialidades,
isso pouco importa, pois tua interioridade é minha.

E então, falar é mera desculpa para estar junto.
Sei lá qual é o assunto, este pode até atrapalhar.
O suficiente está no calor de teu colo feminil,
o inevitável está nas carícias de tuas delicadas mãos.

O melhor de tudo pode estar no simples,
e o sublimado está acima dos fugazes prazeres.
O silêncio pode ter mais entendimento
do que o agitar caótico das palavras.

A chave estará sempre na entrega mútua.
Amor nunca é ato solitário, mas é força secreta,
é impulso de vida que frutifica em fertilidade,
que transforma o frio cortante em agradável calor.

Como é bom te ver, reconhecer teus traços.
Haverá de ser sempre a ninfa de tua juventude,
e eu haverei de ser teu guardião e amante,
e entregarei meu coração aos teus cuidados.

Não trocaremos, portanto, alianças,
mas a posse de nossos corações.
Te darei inquietação e receberei paz,
te oferecerei paixão e retribuirás com amor.

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